ACRM, porque te recusaste a comentar o meu post acerca da Tia Maria, só tenho uma palavra para ti:
domingo, 29 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Teias da mente feminina
Devo começar por dizer à ACRM, vá, Fiorenza que este post ficou escrito na minha cabeça depois da muito pequena troca de ideias acerca do nosso muito querido e estimado período.
No entanto, não quero falar das dores de barriga, dos ovários que parecem que estão a ser arrancados do corpo, da sensibilidade excessiva, do ventre inchado, do engordar, dos desejos (já me apeteceu comer rissóis de carne e camarões às oito da manhã), e muito menos não vou confrontar pensos higiénicos e tampões.
Há um comportamento feminino, típico em todas as mulheres, que só hoje me dei conta de como todo o processo se desencadeia, isto é, a forma como as mulheres perguntam à amiga se têm um pensinho.
Tudo começa com a aproximação da predadora, devagar e com a cabeça um pouco baixa. Devo dizer que a escolha da presa se rege por uma hierarquia (melhor amiga, segunda melhor amiga, terceira melhor amiga, amiga-com-quem-se-fala-muito-mas-que-não-é-suficiente-para-ser-melhor-amiga, amiga-com-quem-não-se-fala-muito-mas-estou-mesmo-à-rasquinha-para-trocar-o-tampão, senhora funcionária do balneário...). O segundo passo é chegar ao ouvido da presa, ou enfrentá-la cara a cara, mas muito próximas, qual cena lésbica, e perguntar muito baixinho 'Tens um pensinho higiénico?' Se a resposta for negativa, a predadora segue na sua escada hierárquica e pergunta o mesmo à próxima presa, mas se a resposta for positiva, então a presa, muito comodamente retira da mochila uma malinha muito pequenina e com desenhos muito maricas, que servem exactamente para o efeito, guardar os objectos pessoais da muito abastada higiene íntima. Posto isto, entrega-se a dita malinha à predadora, e diz-se o típico 'Escolhe aquele que preferires, tenho para fluxo abundante, fluxo normal, para a noite, com abas, anatómico, com aplicador, sem aplicador...'.
Posto isto, a predadora, aliviada, dirige-se à casa de banho para realizar A troca, e quando regressa ao mundo real, parece outra, afinal, já não tem um objecto encharcado de sangue no seu genital.
Com isto, pretendo dizer ainda, que não há ligação mais forte que a de duas mulheres que partilham pensinhos higiénicos e tampões. Podem testar.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Isto sim, é arte
Eu, como amante perversa da poesia que sou, encantei-me por este moço, e entenda-se o 'encantei-me' como uma expressão estritamente referente ao talento do rapaz, mas que admito que é das características que mais me impressionam no sexo oposto, é a sensibilidade para as palavras e o modo como se expressam através delas.
Como se não bastasse, declamou Álvaro de Campos, o meu heterónimo mais-que-preferido. O homem pode não ter existido mas era um génio. E a sua intensa expressão dos sentimentos extremos fascina-me em cada poema.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Não vou contar como ela morreu, vou contar como ela viveu
Era uma vez uma mulher que nasceu em Gaia e se chamava Berta. A Berta namorou com o Diamantino, mas casou com o José. A Berta pariu quatro filhos de cesariana e que lhe deixaram uma cicatriz do umbigo às mamas. A Berta trabalhou na salga do bacalhau em Lavadores e nunca contrabandeou um para comer em casa. A Berta criou-me, desde que eu tinha 8 meses de vida até aos 8 anos. A Berta dava-me surras e penteava-me as chocas do cabelo. A Berta acordava-me de manhã cedo para ir para a escola, e fazia-me café com leite e comprava moletes frescos para o meu pequeno-almoço. A Berta não me comprou um modelo anatómico humano como o que havia na minha escola, mas comprou-me dois totós verdes na loja dos 300, e que ainda hoje, são os totós mais bonitos que alguma vez tive. A Berta fazia-me dois rabos de cavalo com os totós verdes. A Berta fazia o melhor Bacalhau à espanhola do mundo e não sabia cozinhar um assado. A Berta não sabia ler nem escrever porque fugia à escola, mas aprendeu comigo a escrever o nome. A Berta não morreu consolada porque não lhe deram Cozido à portuguesa no hospital. Ah, a Berta era a minha avó.
Berta da Conceição da Silva Verdades
10 de Outubro de 1925- 24 de Maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Isto dos elogios nem dá muito que falar
Todas as mulheres gostam de ser cortejadas. Independentemente do adjectivo que os homens (ou outras mulheres, que isto agora há de tudo, mas como sou heterossexual, vou apenas falar nos dick owners, está bem?) empreguem, e isto também é válido para o 'és toda boa!', que temos de admitir que gostamos que nos chamem, mesmo que fique mal assumir tal coisa, todas as mulheres sentem a auto-estima a crescer em função exponencial quando sentem que atraem um homem (ou vários, subendenta-se de passagem).
No entanto, há um adjectivo que praticamente nunca foi usado, e agradeça-se a Eça de Queiroz por tê-lo escrito vezes sem conta n' Os Maias para descrever uma mulher, e que, pessoalmente, não haverá elogio que me excite mais do que esse. E citando uma brevíssima passagem, a expressão a que me refiro é 'era uma mulher deliciosa'.
Digam lá, membros do sexo feminino que lêem este blog, se não é elogio que faça imediatamente as vossas maminhas ganharem nova vida. O 'deliciosa' bate o 'boa', o 'bela', o 'jeitosa', o 'linda', o 'fofa' (que é a pior coisa que me podem dizer), o 'bonitinha'...
E uma vez que o homem perfeito não existe, visto que não há homens com dois pénis, há, no entanto, uma chance de alcançar o quase-perfeito, que passa por dizer que sou uma mulher deliciosa, ou deliciosamente jeitosa, ou deliciosamente atraente, também servem.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Um pouco de cultura, meus adoráveis acatalépticos
Alguém sabe a origem da palavra
?
Ora, nas cortes britânicas há muitos séculos atrás, os nobres tinham de pedir autorização para tudo, incluíndo para copular. Então, quando os pénis e as vaginas se pretendiam encontrar, os respectivos donos tinham que colocar na porta do quarto uma tabuleta com a seguinte frase: Fornicating under consent of the king.
Unam as iniciais...
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Para a ACRM ( já te ando a dedicar uma quantidade bem generosa de posts)
Uma vez que não percebeste a piada do carro australiano que foi camuflado, vê se percebes esta.
E se não perceberes, hei-de ter uma conversa séria com a nossa muito honrada professora de matemática.
E se não perceberes, hei-de ter uma conversa séria com a nossa muito honrada professora de matemática.
Aconteceu na terra dos mouros Mafrenses
Ontem fui ao Palácio de Mafra com a minha mais-que-afável turma, a propósito do Memorial do Convento, para os que não ainda não tiverem chegado aí.
Até que não foi uma visita de estudo cruel de todo, à excepção dos imbecis da outra turma que eram mais irritantes e mais sem graça do que o Malato, e de cada vez que abriam a boca, a minha vontade era esta:
Tirando esse pormenor a viagem correu bem, tendo em conta que tive de me levantar às 05:30 e estava a implorar por uma cama grande e grossa para dormir.
Quando chegámos lá assistimos à representação teatral do romance, e estava eu sentada no banquinho, quando aparece o Baltazar.
A minha reacção ao vê-lo deve ter sido assim:
No entanto, as coisas que me passavam pela cabeça eram estas:
Eu bem sei que a ACRM sofreu muito comigo sempre a falar do gostoso, mas ela terá de admitir que teve os mesmos pensamentos que eu :P
Depois da peça, bla bla bla, fomos almoçar, bla bla bla, fizémos uma visita guiada ao Palácio, bla bla bla, e viemos embora. A epicidade retornou ao nosso mundo quando na estação de serviço de Coimbra, ao falarmos da história, a porca n.º1 revelou que quando leu o livro, não percebeu de onde vinha o sangue com que Blimunda pinta o peito do Baltazar, quer dizer, pensava que ela tinha picado o dedo no espigão dele.
Até que não foi uma visita de estudo cruel de todo, à excepção dos imbecis da outra turma que eram mais irritantes e mais sem graça do que o Malato, e de cada vez que abriam a boca, a minha vontade era esta:
Tirando esse pormenor a viagem correu bem, tendo em conta que tive de me levantar às 05:30 e estava a implorar por uma cama grande e grossa para dormir.
Quando chegámos lá assistimos à representação teatral do romance, e estava eu sentada no banquinho, quando aparece o Baltazar.
Que gostosidade de homem!
A minha reacção ao vê-lo deve ter sido assim:
No entanto, as coisas que me passavam pela cabeça eram estas:
(e eu que achava que os mouros não se comparavam em gostosidade com os do Norte)
Eu bem sei que a ACRM sofreu muito comigo sempre a falar do gostoso, mas ela terá de admitir que teve os mesmos pensamentos que eu :P
Depois da peça, bla bla bla, fomos almoçar, bla bla bla, fizémos uma visita guiada ao Palácio, bla bla bla, e viemos embora. A epicidade retornou ao nosso mundo quando na estação de serviço de Coimbra, ao falarmos da história, a porca n.º1 revelou que quando leu o livro, não percebeu de onde vinha o sangue com que Blimunda pinta o peito do Baltazar, quer dizer, pensava que ela tinha picado o dedo no espigão dele.
Ora, isto deveria ter mais piada, sabendo que ATÉ a porca n.º2 percebeu a badalhoquice do Saramago. ATÉ A PORCA N.º 2!!!
No resto da viagem a javardice continuou com o resto das porcas e a badalhoca (que segundo a porca n.º2 sou eu), principalmente com uma espécie de 'Quem é quem- gostosos do planeta Terra com quem as porcas e a badalhoca têm fantasias'.
Vá, pronto, porca n.º1, um dia vais rir-te disto tudo, eu prometo. E até te deixo um gif que sei que vais gostar :)
terça-feira, 10 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
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