segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Isto é ver o copo meio cheio

Na minha casa pode não haver uma máquina de lavar decente, um frigorífico cuja porta feche sem ser preciso aplicar uma força de 2000N ou uma televisão que transmita os quatro canais, mas pelo menos há 2,5 mesas por pessoa.

domingo, 27 de novembro de 2011

No longer


For many years this has been the meaning of the word 'home' to me. But now the tree isn't that familiar anymore, and I want to leave. For good. I need to let go of unhappiness and self misery. Enough is enough.

He didn't choose me. But I won't be the one who loses.

sábado, 26 de novembro de 2011

A culpa não foi minha, fui obrigada a ir comprar frango e uma dose de batatas fritas

Tenho dois colegas de casa que primam pela preguiça crónica, e invisibilidade aguda, na medida em que são incapazes de visualizar o monte de loiça que deixam por lavar na pia, no (único) balcão existente na cozinha, no fogão (neste caso loiça com comida lá dentro em processo de decomposição), no fogão antigo e cuja utilidade é servir de despensa de especiarias, e mesmo em cima da máquina de lavar. Mesmo quando vão de fim-de-semana para as suas terriolas, o que acontece todas as semanas, deixam esse presente, para além do cheiro a tabaco e a ganza que se instala na sala e o não-limpar nenhuma divisão, nem levar os sacos de lixo (aviso já que nesta casa separa-se o lixo) que transbordam, para os ecopontos. Essas tarefas cabem a quem fica cá (menos lavar a loiça, que ficou decidido desde o início, que ninguém mexe na loiça de ninguém) que sou eu e o meu ancípite roomate. Mas este fim-de-semana sou apenas eu.

Então, hoje de manhã, depois de ter acordado do meu sono de donzela, fui à cozinha e deparei-me com o espétaculo normal, mas desta vez tinha uma surpresa: duas botijas de gás. Não liguei, mudou-se a botija há pouco tempo, e sinceramente tinha medo de descobrir que tinham feito algo muito semelhante a fezes. Porque fizeram.

Há bocadinho fiquei com fome e decidi ir cozinhar o meu atum com caril. Rodei o botão, liguei o isqueiro. Nada. Repeti os movimentos. Nada. 'Porra, queres ver que o fogão também pifou de vez? Já não bastavam a máquina de lavar, o frigorífico e a televisão, que mesmo quando funcionava só sintonizava três canais! O meu senhorio vai abrir bem os bolsos amanhã, ah vai, sim.' Foi o que pensei na minha inocência.
Nisto olho para trás, deparo-me com as ditas cujas e fez-se luz na minha massa cinzenta. Andaram a mexer nas botijas de gás e esqueceram-se de ligar a que está cheia.

Bottom line: Foram-se embora e deixaram-me sem gás para cozinhar o fim-de-semana inteiro. Ou eu tenho mau feitio e não tenho nada que ficar upset, afinal, só me estão a fazer ir gastar mais dinheiro para ir comprar comida quando tenho carne no frigorífico a estragar-se à espera de ser cozinhada, ou isto é um sinal de deus a dizer-me que estou gorda e não devo comer mais.

Sobrevivi por pouco

Nunca mais entrar num café em Évora quando o Benfica está a jogar.

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Se pensam que sabem tudo sobre a digníssima linguagem da Invicta façam lá este teste



Vamos lá ver quem é que é tripeiro de coração!

Pelo menos, segundo o meu resultado, sou ^^



Das coisas mais sábias do facebook

"When we say things like "people don't change" it drives scientist crazy because change is literally the only constant in all of science. Energy. Matter. It's always changing, morphing, merging, growing, dying. It's the way people try not to change that's unnatural. The way we cling to what things were instead of letting things be what they are. The way we cling to old memories instead of forming new ones. The way we insist on believing despite every scientific indication that anything in this lifetime is permanent. Change is constant. How we experience change that's up to us. It can feel like death or it can feel like a second chance at life. If we open our fingers, loosen our grips, go with it, it can feel like pure adrenaline. Like at any moment we can have another chance at life. Like at any moment, we can be born all over again." 
M.Grey

terça-feira, 22 de novembro de 2011

It hurts. It only hurts.

How good would it be, not to feel. Just once. To know what not to be hurt feels like.

sábado, 12 de novembro de 2011

Resumo da semana

Frequência de Bioquímica I
Relatório para Biologia Experimental Contemporânea
Frequência de Biologia Celular
Frequência de Genética


Obviamente que estou a aguentar-me espectacularmente bem, or maybe not.


Sei que estou em Évora quando #8

Me perguntam se tenho uma pastilha elástica em vez de uma chicla.

Este post é dedicado a todos os meus ex ou portadores de um pénis que tenham desgraçado este meu coração de porcelana

Oh, sim, como adoro esta cidade

Esta sou eu a pedir um bilhete de autocarro para o Porto:


Esta sou eu a pedir um bilhete de autocarro para Évora:


Das coisas que a Rosélia quer e não diz #2

Daqueles à chuva. Como no Casablanca.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ontem interrompi o estudo e os relatórios e fui correr. À chuva. Corri, corri, corri, e quando parei, respirei como não respirava há muito tempo. Respirei com vontade de respirar, respirar para me manter viva. E ao mesmo tempo caía a chuva agreste sobre mim, molhando-me na sensação.

Saltei nas poças de água e encharquei os pés. Saltei na lama e sujei-me até aos joelhos. Corri pela terra molhada. E a chuva caía sobre mim.

Não quis saber de quem via. Eu estava viva, e estar viva é melhor que ter vergonha.


A solidão estava cá dentro, mas ontem, por alguns momentos, a solidão não era tão cruel nem tão devastadora como agora, como amanhã. E enquanto isso, a chuva caía sobre mim.

Ontem tive chuva na minha vida. E ter chuva é melhor do que não ter nada.