Não, não é a aventura relativa às viagens exóticas e a descoberta de novas rotas durante o período de descanso que nos é dado por lei, mas sim a aventura do espírito humano, a força para incutirmos na nossa vida experiências que nos poderão levar a testar os nossos limites enquanto homo sapiens sapiens, e também o enriquecimento de carácter que vamos desenvolvendo ao longo das nossas vidas.
E esta aventura passa por deixarmos de nos submeter ao nosso canto seguro e onde sabemos que está tudo certo, abandonarmos por uns momentos a estabilidade do quotidiano estagnado e rotineiro, e aspirar a novidades que nos poderão destroçar o espírito, mas que também poderão servir de portal para o aproveitamento máximo da nossa condição como seres humanos.
E muitas vezes a novidade passa por nos expormos, quer fisicamente, quer mentalmente, e acabamos sempre por ceder uma parte de nós, e é complicado muitas vezes partilhar esse pedaço, pois pode levar à vergonha, à humilhação, à rejeição e a uma completa mudança de planos. Mas fazer em público aquilo que apenas sabemos que fazemos bem, seguir o plano só porque é suposto ser assim, esconder os sentimentos só porque não há risco de vulnerabilidade, são atitudes que colocam o ser humano numa posição estática, em que é a vida que passa, somente.
A exposição ao que não é tão estável, a escolha de um caminho diferente, a possibilidade de se fazer figura de idiota, a afirmação de um ideal minoritário e a luta pelo o que é incerto são as acções difíceis que o espírito dos estagnados nega constantemente, mas é no rubor do rosto, nas borboletas da barriga e no vento que atravessa o corpo gelado que vive a verdadeira essência da aventura.
E sim, sou uma aventureira nata.
Rose, eu smurfo imenso de ti, mas neste momento este post é um bocado profundo...
ResponderEliminarmas depreendo que aventura não seja comigo, em sentido algum...
e obrigado por passares xD
xoxo
Admiro essa tua faceta, minha amiga. Por vezes também me permito a mim quebrar essas barreiras e expôr-me à aventura, mas nem sempre é fácil. Obrigada pela passagem no meu espaço. De facto aquela fotografia não me pertence, mas faz-me pensar naquelas ligações mais pueris onde somente o sentimento importa e não se olha a outras facetas, onde as ligações são mais puras por causa dessa simplicidade :) É o que essa imagem me faz sentir, porque é assim que vejo a amizade.
ResponderEliminarUm grande beijinho.