sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para quebrar o espírito natalício

I hate Christmas.

Ok...go ahead, call me a Grinch or whatever, I won't be a cinic.
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Hoje, numa aula, tivemos de fazer uns cartões de Natal, simulando que eram para entregar aos sem-abrigo.
Ora, como se pode imaginar, escreveram coisas muito inspiradoras, típicas das mensagens de Natal. E vou dizer porque detesto este tipo de mensagens.

Todas estas iniciativas que se vêem, como o banco alimentar, a missão Sorriso, a Popota e afins não passam de criações de indivíduos acatalépticos, porque, meus caros, os pobres têm fome durante o ano todo, os sem-abrigo não têm casa durante o ano todo, as crianças têm maus cuidados médicos e familiares durante o ano todo, e, por lhes darem uma refeição com uma posta de bacalhau e duas batatas, ou por lhes oferecerem um abrigo na noite da consoada, ou por visitarem um hospital pediátrico, acham que estão a fazer uma grande coisa, mas esquecem-se que essas pessoas vivem miseravelmente durante os outros 364 dias.

Por isso, aquilo que eu escrevi no meu cartão não foi nada inspirador, porque o meu desejo de Natal não é que estas pobres pessoas tenham um tecto por uma noite, ou uma refeição em condições, ou que as crianças possam receber um brinquedo. Isso deve ser o desejo de todos os dias.

Daí que o meu desejo de Natal tenha sido algo por mim, para mim. Nada material. Apenas o que gostava de sentir no Natal...e o comentário ao meu cartão foi...


"Hmmmm...that's odd."

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